A atividade reunirá educadores, estudantes, pesquisadores, sindicatos, especialistas, representantes de instituições públicas e movimentos sociais para debater os impactos da inteligência artificial (IA) no cotidiano escolar e nos processos de ensino-aprendizagem.
Segundo a deputada Ana Júlia, o avanço da tecnologia exige um debate profundo. “A inteligência artificial já faz parte do nosso dia a dia e pode ser uma ferramenta pedagógica importante. Mas precisa ser usada com responsabilidade, sempre prezando pela veracidade e sem substituir a autonomia do professor. O desafio é construir políticas e práticas que fortaleçam a educação pública, que respeitem a diversidade e que coloquem a tecnologia a serviço de uma formação ética, inclusiva e humanizada”, disse.
Entre os temas em pauta estão: como garantir uma formação ética, inclusiva e humanizada diante da expansão da IA; como proteger dados e a privacidade de educadores e estudantes; e qual o papel das políticas públicas para democratizar o acesso à tecnologia.
A deputada federal Carol Dartora destaca que a tecnologia tem enorme potencial de transformação no campo educacional, mas que seu avanço deve ser guiado por valores éticos, pelo compromisso com a inclusão e pelo respeito à diversidade. “Não podemos permitir que ferramentas tecnológicas decidam quem aprende, o que aprende e como aprende sem a mediação crítica de educadores e sem o olhar atento do Estado. Defendemos que qualquer política pública com uso de IA na educação passe pelo debate democrático, com participação de professores e especialistas”, disse a parlamentar.
Ana Júlia reforça que a audiência é um espaço de construção coletiva: “Queremos ouvir professores, estudantes, pesquisadores e toda a comunidade escolar. É fundamental que a educação esteja no centro das discussões sobre tecnologia, para que o uso da inteligência artificial não aprofunde desigualdades, mas contribua para uma sociedade mais justa e democrática”. (ALEP).