PCPR e PMPR fazem operação para desarticular grupos receptadores de fios de cobre

Operação Conectividade visa a fiscalização de 389 alvos em 29 municípios do estado. Ao todo, 1.556 policiais participam da ação,

Operação Conectividade visa a fiscalização de 389 alvos em 29 municípios do estado. Ao todo, 1.556 policiais participam da ação, que é acompanhada por representantes da Receita Estadual e das operadoras e empresas de telecomunicações.

As polícias Civil e Militar estão nas ruas nesta quarta-feira (17) para desarticular grupos criminosos envolvidos com receptação de fios de cobre. A operação visa a fiscalização de 389 alvos em 29 municípios. Ao todo, 1.556 policiais participam da ação, que é acompanhada por representantes da Receita Estadual e das operadoras e empresas de telecomunicações.

Denominada Operação Conectividade, a ação foi planejada pelo Centro de Operações Integradas de Segurança Pública (COISP), da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP), e integra um Grupo de Trabalho criado para intensificar a fiscalização e a repressão a crimes relacionados ao furto e à receptação de cabos.

“É mais um reforço das medidas de enfrentamento a esses crimes, com o objetivo de minimizar os prejuízos econômicos e sociais e assegurar que serviços essenciais, como energia e telecomunicações, continuem funcionando normalmente”, afirmou o secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira.

Inicialmente as ações do Grupo de Trabalho eram voltadas diretamente ao combate ao furto dos cabos de telefonia. Nesta segunda etapa, as forças de segurança se voltam à repressão da receptação, que é encabeçada por empresas de reciclagem de materiais, prática que impulsiona a realização dos furtos e a retirada de cabos dos postes.

A partir de 2026, as forças de segurança e a receita estadual seguirão com ações de fiscalização de forma permanente que terão como base um calendário fixo.

“A Operação Conectividade surgiu por meio de um esforço da iniciativa privada, que envolve as empresas de telecomunicações do estado Paraná com as forças de segurança pública e a Receita Estadual. A partir do diálogo constante sobre essa problemática, desencadeamos operações para diminuir roubos, furtos e receptação de cabos”, disse o chefe do COISP, coronel Sérgio Augusto Ramos.

O delegado-chefe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil do Paraná, Rodrigo Brown, explicou como as forças de segurança atuarão. “Estamos verificando estabelecimentos comerciais de todo o Estado, entre eles, locais que trabalham com reciclagem e adquirem esse tipo de material em busca de produtos de origem duvidosa. Também serão fiscalizados os alvarás de funcionamento e o correto recolhimento das taxas correspondentes à atividade comercial”, disse.

O capitão da PMPR, Rafael Gustavo Saldanha Ekermann, afirmou que as polícias estarão em municípios de diversas regiões do Estado. “A fiscalização busca identificar estabelecimentos em desacordo com a legislação sobre comércio de fios e afins, bem como identificar possíveis locais que realizam a venda ilegal de cabeamentos sem procedência. Outros ilícitos constatados pelas equipes policiais também serão encaminhados para a Polícia Judiciária, para a confecção do boletim de ocorrência e posterior responsabilização”, disse.

“A participação da Receita Estadual na Operação Conectividade é crucial para cortar o oxigênio financeiro desses grupos criminosos. Nosso foco está em garantir que a atividade de reciclagem seja conduzida dentro da legalidade. A identificação e o consequente bloqueio fiscal dos estabelecimentos que praticam a receptação de fios de cobre furtados são ações diretas que desestimulam o furto na origem, combatendo a impunidade e protegendo a economia e os serviços essenciais do Paraná”, explicou a diretora da Receita Estadual do Paraná, Suzane Gambetta.

LEGISLAÇÃO – O Paraná conta com a Lei Estadual 22.754, que responsabiliza empresas de reciclagem que forem flagradas praticando a receptação de produtos de cabo de telefonia de forma ilícita. Em casos como este, o negócio tem a sua situação fiscal junto à receita estadual bloqueada. Esta é uma ação direta que visa ampliar o controle referente à comprovação da devida procedência do material comercializado.(AEDN).