Borré volta em noite de brilho e redenção para Inter liderar “grupo da morte” da Libertadores
Colombiano fez a diferença na vitória de virada sobre o Bahia que garantiu ao Colorado o primeiro lugar no Grupo

Colombiano fez a diferença na vitória de virada sobre o Bahia que garantiu ao Colorado o primeiro lugar no Grupo F
Rafael Borré voltou a brilhar no Inter. Retornou de lesão e voltou, mais precisamente, ao protagonismo do qual se espera dele. A vitória de virada sobre o Bahia na noite chuvosa de quarta-feira, no Beira-Rio, teve grande exibição do centroavante, ao participar do gol de empate e anotar o segundo. Motivos para aumentar a esperança de um 2025 melhor do jogador.
O colombiano foi a principal novidade na escalação de Roger Machado. Pouco depois da lesão de Ricardo Mathias, então titular pelos desfalques, o treinador praticamente assegurou que contava com o camisa 19 para o duelo decisivo. O que não apenas se confirmou, como durou mais de 90 minutos, considerando a saída já nos acréscimos.
Nem parecia mais de mês parado pelo problema muscular. Borré esteve bastante ativo em campo. Incomodou os zagueiros rivais, reclamou de pênalti no começo do jogo, ficou um tempo caído no gramado e também teve chance de marcar na etapa inicial. Mas o melhor estava guardado para depois do intervalo.
Logo no primeiro minuto, Borré recebeu de Alan Patrick e, mesmo com pouco ângulo, quase abriu o placar, não fosse a boa defesa de Marcos Felipe. O colombiano encarou o goleiro por alguns segundos e até esboçou um sorriso irônico, como sem acreditar na chance perdida.
Pouco depois, o susto. Jean Lucas abriu o placar quase aos nove minutos, gol que eliminava o Inter e colocava o Bahia nas oitavas. O Beira-Rio não se calou e empurrou o time rumo ao empate.
Talvez nem se esperasse que tão rápido, pois saiu três minutos depois com Vitinho, em jogada com participação de Borré pelo alto.
A igualdade voltava a colocar o Inter na zona de classificação, mas, naquele momento, ainda em segundo no grupo. Aos 31, Wesley cruzou na cabeça de Borré, outra vez participando pelo alto, agora como exímio centroavante, para estufar as redes e decretar a virada. Gol do alívio, da vibração do colombiano com a torcida, e da redenção.
O 2025 de Borré é de mais baixos do que altos. Pelos números, de quatro gols em 19 jogos antes de quarta, a consequente perda de titularidade para Enner Valencia, e as lesões que atrapalham uma sequência. Voltar em um momento de necessidade do time e corresponder com gol era justamente o que ambos (Borré e Inter) precisavam.
– Sempre estou com essa confiança do que podia apoiar ao grupo. Fiquei muito feliz, porque tinha muita esperança, gana, de dar o melhor de mim. Colocar esse clube onde merece sua história. Noites como essas nos dão muita felicidade e te recompensam todo o trabalho que foi feito – declarou o centroavante após a partida.
Na entrevista coletiva pós-jogo, o técnico do Bahia, Rogério Ceni, ressaltou como um dos pontos principais da eliminação precoce da equipe a falta de maturidade na disputa da Libertadores.
Algo que sobra ao Inter e a Borré, propriamente, visto ser o personagem principal em questão. Campeão em 2018, conhece bem os caminhos do torneio.
Só o tempo irá dizer se essa vitória colorada foi a virada de chave para um 2025 melhor do camisa 19. Porém, certamente a confiança aumenta, do próprio em campo e da torcida para com ele.