Vasco vive dia histórico, atropela o Santos e se enche de moral para espantar má fase
No primeiro jogo sem Vegetti, time de Fernando Diniz mostra sua versão mais letal no Morumbis, abate o adversário com

No primeiro jogo sem Vegetti, time de Fernando Diniz mostra sua versão mais letal no Morumbis, abate o adversário com cinco gols em 16 minutos e sai da zona de rebaixamento do Brasileirão
No Morumbis, o Vasco de Fernando Diniz mostrou sua versão mais letal. Saiu na frente com méritos, sofreu no início da segunda etapa, mas em seguida não tomou conhecimento do adversário, marcou cinco gols no intervalo de 16 minutos e esbanjou uma precisão no aproveitamento de oportunidades criadas que fez falta para a equipe em jogos recentes. Agora a bola entrou – não só uma, nem duas… mas seis vezes.
Diniz disse na coletiva que, na essência, o Vasco não jogou diferente das últimas partidas. E algumas estatísticas mostram que ele tem razão. Contra o Santos, a equipe terminou o jogo com 14 finalizações, nove delas na direção do gol defendido por Gabriel Brazão. Nesse sentido, se atendo apenas aos duelos recentes, o Vasco criou mais contra o Atlético-MG (16 finalizações), contra o Inter (15), contra o Grêmio (28), na partida de volta da Sul-Americana contra o Independiente del Valle (15) e nos dois jogos das oitavas da Copa do Brasil contra o CSA (19 e 23).
E venceu apenas uma de todas essas partidas citadas. Dessa vez, o Vasco colocou as bolas para dentro.
Chama atenção a maneira articulada e criativa com a qual o Vasco construiu seus gols. No seu primeiro jogo sem Pablo Vegetti (o capitão e artilheiro da equipe na temporada, com 22 gols, cumpriu suspensão), o Vasco foi um time indiscutivelmente mais leve no ataque. E que, quando chegou ao último terço do campo, dispôs de mais recursos do que apenas cruzamentos para dentro da área.
David foi o escolhido pelo treinador para substituir o argentino, não atuou fixo como um centroavante e, além de marcar um lindo gol, contribuiu com assistências para outros dois gols de uma forma que Vegetti dificilmente conseguiria. Colocá-lo no banco é a solução para todos os problemas do Vasco? Decerto que não. Mas a produção ofensiva sem amarras deste domingo deve no mínimo colocar um ponto de interrogação na cabeça do treinador.
Não foi uma simples vitória, um resultado que serviu para somar três pontos na classificação e só. Essa é a primeira vez que o Vasco vence por seis gols de diferença em um jogo de Campeonato Brasileiro desde 2001, quando fez 7 a 1 no São Paulo. E a última ocasião em que havia marcado seis gols foi no 6 a 1 sobre o Atlético-MG em 2008. O que ocorreu neste domingo não se vê todo dia.