MAJOR OLÍMPIO É A PEÇA-CHAVE NO ESCÂNDALO ITAIPUGATE

No dia 11 de abril, a data-chave do escândalo que envolve os governos de Brasil e Paraguai, o Major Olímpio,

No dia 11 de abril, a data-chave do escândalo que envolve os governos de Brasil e Paraguai, o Major Olímpio, senador pelo PSL-SP, estava em Assunção. É o que mostram os documentos obtidos pela agência Sportlight através da Lei de Acesso à Informação

No citado 11 de abril, o “Dia D” de todo o “ItaipuGate”, foi realizada na capital paraguaia a reunião que definiu o novo modelo de negócio para o acordo bilateral de compra de energia entre os dois governos. Onde se definiu o que viria a se transformar em um escândalo conjunto envolvendo os dois governos e cujo potencial de danos ainda não pode ser totalmente medido.

No novo modelo de acordo bilateral que a reunião do dia 11 de abril envolvendo os dois países consolidou, foi retirada uma cláusula que proibia o Brasil de comprar energia excedente da empresa paraguaia na hidrelétrica de Itaipu por preço subsidiado para revender aqui por preço de mercado, muito mais alto e tendo lucros exorbitantes, em acordo que lesava o Paraguai e beneficiava uma empresa.

A empresa beneficiada é a Leros, dos empresários Kléber Ferreira da Silva e Adriano Tadeu Deguirmendjian. Uma série de reportagens de autoria de Mabel Rehnfeldt, do jornal paraguaio ABC, mostrou que a dupla tinha por trás deles Alexandre Giordano, filiado ao PSL e suplente do senador Major Olímpio, do PSL-SP.

O Major Olímpio é muito próximo a Jair Bolsonaro e família. Foi presidente do PSL paulista e também coordenador da campanha presidencial. De acordo com documentos obtidos pelas reportagens do ABC, os empresários brasileiros que sairiam com vantagem no negócio se apresentavam nas negociações como representantes da família Bolsonaro. Até aqui o Major Olímpio negou qualquer proximidade com o episódio. (Brasil 247)