Koarean Valley: Ratinho Junior recebe comitiva que vai instalar centro de inovação em Ivaiporã

Paraná é o primeiro estado da América Latina a firmar parceria institucional com o Global Digital Inovation Network (GDIN), fundação

Paraná é o primeiro estado da América Latina a firmar parceria institucional com o Global Digital Inovation Network (GDIN), fundação ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia da Informação da Coreia do Sul que é responsável pela implantação do Korean Valley em Ivaiporã, no Vale do Ivaí.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta quarta-feira (26), no Palácio Iguaçu, com representantes do Global Digital Inovation Network (GDIN), fundação ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia da Informação da Coreia do Sul que é responsável pela implantação do Korean Valley em Ivaiporã, no Vale do Ivaí. O Paraná é o primeiro estado da América Latina a firmar parceria institucional com o GDIN e a sediar um polo oficial do Korean Valley.

Com a inauguração marcada para esta quinta-feira (27), o centro de inovação vai reunir startups coreanas para trabalharem de forma integrada com empresas, startups e hubs de inovação brasileiros para criar soluções em diversas áreas, da inteligência artificial (IA) à saúde. O Korean Valley marca a entrada oficial do Paraná na rede internacional de inovação e tecnologia liderada pelo GDIN.

O contato com a organização iniciou em 2023, com a missão internacional liderada por Ratinho Junior ao país asiático. “Desta missão, conseguimos firmar uma parceria sólida com a Coreia do Sul, que é referência mundial em tecnologia, inovação e educação”, afirmou o governador. “Temos grandes empresas coreanas se instalando no Estado e também estamos construindo uma parceria na área educacional, para levar ferramentas de IA para a rede pública. E é uma alegria poder construir novos projetos, como o Korean Valley, em Ivaiporã”.

O GDIN tem sede em Seul e atua como uma agência global de aceleração e internacionalização de startups coreanas, conectando-as a novos mercados e parceiros estratégicos e oferecendo suporte técnico e comercial para implantação e ganho de escala de soluções tecnológicas. “Nos últimos 10 anos, recebemos US$ 4 bilhões em investimentos, que permitiram globalizar cerca de 3 mil startups para fora da Coreia do Sul, repassando recursos até que elas possam caminhar com as próprias pernas”, explicou o presidente do GDIN, Jongkap Kim.

Além do projeto já em execução no Paraná, eles também apresentaram outras soluções coreanas que podem ser implantadas em parceria no Estado. Um exemplo são data centers modulares que consomem menos água e energia que os convencionais e têm como foco atender pequenas e médias empresas, podendo ser instalados em locais pequenos, como granjas, indústrias ou shopping centers.

KOREAN VALLEY – Em Ivaiporã, o Korean Valley vai atuar em quatro eixos prioritários: Agrotech e Indústria 4.0; GovTech e Cidades Inteligentes; Saúde e Biotecnologia e Energia Sustentável e Inteligência Artificial. A proposta é que as startups coreanas formem joint ventures com empresas paranaenses, adaptando suas soluções para o mercado brasileiro e latino-americano, e dessa forma, fazendo com que essa tecnologia ganhe o mercado global.

“O Korean Valley vem na esteira das parcerias que iniciamos há dois anos, com a missão internacional à Coreia do Sul. Ele vai buscar soluções coreanas para cá, porque eles não têm presença na América Latina e vão usar o Paraná como um hub para adaptar as tecnologias para a nossa realidade, ganhando escala no Brasil”, destacou o diretor de Relações Internacionais e Institucionais na Invest Paraná, Giancarlo Rocco. “Além disso, ele ser instalado em Ivaiporã permite descentralizar os investimentos estrangeiros, que podem chegar a cidades de menor porte”.

Dez empresas sul-coreanas, que atuarão em coprodução e joint ventures com empresas locais, já estão confirmadas para se instalarem no local. Além disso, outra startup israelense voltada à inteligência artificial também atuará de forma conjunta com empresas coreanas e paranaenses. “Ivaiporã será o primeiro polo a receber esse projeto da Coreia do Sul, que tem a finalidade de fazer essa ligação entre empresas brasileiras, paranaenses e sul-coreanas”, explicou o embaixador do GDIN no Brasil, Aleksandro Montanha.

A ideia é que o Korean Valley seja um braço fora da Coreia do Sul do Vale Tecnológico de Pangyo, grande centro de inovação do país que concentra mais de 1,6 mil companhias, que geram US$ 128 bilhões de lucro por ano e empregam cerca de 78 mil pessoas. Nessa parceria, o GDIN vai selecionar startups que possam se adaptar à realidade local, para desenvolver soluções no Paraná que possam ganhar escala para atender o mercado brasileiro.

Para viabilizar o centro de inovação, o município construiu a Incubadora Tecnológica Agrotech, um ambiente de inovação estruturado com laboratórios, coworking, salas de conferência e módulos dedicados a instituições de pesquisa, associações e empresas. O Governo do Estado apoiou o projeto, com o aporte de R$ 1 milhão da Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial para a compra de materiais de laboratório, drones e mobiliários.

“A ideia de levar uma estrutura como essa para uma cidade de pequeno porte, como Ivaiporã, é aproximar a inovação não só nos grandes centros, como também no interior”, afirmou Montanha. “E o propósito do Korean Valley é abreviar a etapa da inovação. Porque estamos buscando algo que já funciona lá fora, e a incubadora vai servir para tropicalizar essa solução e adaptar ao mercado brasileiro, levando em conta nossa cultura e modelo de negócio”.

Agora, os próximos passos do Korean Valley incluem a formalização de novos memorandos de entendimento com startups e investidores coreanos, além da criação de programas de aceleração de forma conjunta entre o GDIN, a Secretaria da Inovação, Invest Paraná e instituições de pesquisa locais. Também estão previstas novas missões técnicas e intercâmbio de pesquisadores entre o Paraná e a Coreia do Sul.

PRESENÇAS  Também acompanharam a agenda os secretários estaduais da Fazenda, Norberto Ortigara; e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona; o diretor Administrativo do GDIN, Sokjin Chang; e o diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação, João Giona.(AEDN).