Governo autoriza envio da Força Nacional a Terra Guajajara

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública em apoio

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Funai, a Fundação Nacional do Índio, nas ações de segurança pública, na Terra Indígena Cana Brava Guajajara, no Maranhão.

Dois indígenas morreram e outros dois ficaram feridos por disparo de arma de fogo, às margens da BR-226, no município de Jenipapo das Vieiras.

Informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) indicam que os tiros partiram de uma pessoa dentro de um automóvel, que trafegava na rodovia, nas proximidades da Aldeia El-Betel e Boa Vista.

Segundo a portaria do Ministério da Justiça, a Força Nacional ficará na área por 90 dias, a contar desta terça-feira, dia 10, para garantir a integridade física e moral dos povos indígenas, dos servidores da Funai e dos não índios, da região.

Gil Rodrigues, do Conselho Indigenista Missionário, no Maranhão, afirma que a tensão na área é constante.

De acordo com a Funai, integrantes da Força Nacional e da Polícia Federal já estão sendo mobilizados para a região. Acrescentou que apesar do clima de consternação entre os indígenas, a situação é considerada calma.

Magno Guajajara, liderança da Terra indígena Cana Brava, pede que os culpados pelas mortes sejam identificados.

Os corpos dos caciques Firmino Silvino Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara foram enterrados nesta segunda-feira, dia 9.

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a autoria e as circunstâncias dos assassinatos.

Há um mês, Paulo Paulino Guajajara, foi assassinado na Terra Indígena Ariboia, no município de Bom Jesus das Selvas, também no Maranhão. O indígena fazia parte do grupo denominado Guardiões da Floresta, que faz a proteção do território por conta própria.

Segundo a Polícia Federal, não foram encontrados indícios de vínculos entre os crimes e atritos entre indígenas e madeireiros, tampouco com as mortes do índio Paulo Paulino Guajajara e do caçador Márcio Gleyck Moreira Pereira.

As investigações desses outros fatos devem ser finalizadas nos próximos dias.