DEPUTADOS PARANAENSES CONHECEM ESTRADA DE PARQUE NACIONAL ARGENTINO

Depois de visitar dia (16), junto com os deputados que integram Frente Parlamentar pela reabertura da Estrada-Parque Caminho do Colono,

Depois de visitar dia (16), junto com os deputados que integram Frente Parlamentar pela reabertura da Estrada-Parque Caminho do Colono, a estrada que corta o Parque Nacional Iguazú, na Argentina, o deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia, destacou que existem dois pesos e duas medidas por parte dos ambientalistas com relação aos parques argentino e brasileiro. E o prejuízo causado por esse descompasso é para o Brasil em geral e para as regiões Sudoeste e Oeste do Paraná em particular.

Traiano, que participa hoje de mais uma audiência pública sobre a reabertura da Estrada do Colono em Medianeira, observou que a estrada que corta o lado argentino do parque é duas vezes maior que a Estrada do Colono e, nem por isso, causa danos ao meio ambiente ou é objeto da fúria dos ambientalistas nacionais e internacionais. Muito pelo contrário. “O fato é que o Parque Nacional Iguazú, lado argentino do parque em torno das Cataratas, tem uma estrada, muito maior do que era a nossa Estrada do Colono. Isso não impediu que o parque argentino, criado em 1934 (cinco anos do Parque Nacional brasileiro), tenha sido declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, em 1984 (2 anos antes do lado brasileiro). E que, em 2013, tenha ganhado, também da Unesco, o título de Valor Universal Excepcional.

Apesar de estar aberta há mais de 20 anos, segundo ambientalistas argentinos, o tráfego de veículos na Ruta 101, que corta o parque no lado argentino, não gerou polêmicas com a Unesco, que ameaçou cassar o título de Patrimônio Natural da Humanidade do Parque Iguaçu devido à reabertura da Estrada do Colono em 2001.

“É importante destacar”, lembra Traiano, “que o lado argentino do parque, embora menor que o brasileiro, disponibiliza muito mais espaços para o visitante conhecer, interagir com a natureza, garantindo opções para o turista. enquanto o lado brasileiro conta com uma trilha de 1200 metros, o lado argentino disponibiliza mais de 13.000 metros de trilhas. Ao contrário do que dizem os ambientalistas radicais, é possível a convivência harmônica do homem com a natureza”.

Capanema

Deputados estaduais, prefeitos, vereadores, empresários, lideranças regionais e a comunidade local lotaram um dos espaços do Parque de Exposições – Centro de Eventos Martinho Lutero na cidade de Capanema na noite de quinta-feira (15) para debater a possibilidade de reabertura da Estrada do Colono, um trecho de 17 quilômetros que corta o Parque Nacional do Iguaçu e liga os municípios de Capanema e Serranópolis do Iguaçu.

O debate foi proposto pelo coordenador da Frente Parlamentar pela reabertura da Estrada-Parque Caminho do Colono na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Nelson Luersen (PDT), em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alep, representada pelo deputado Anibelli Neto (MDB).

O deputado Ademar Traiano (PSDB), destacou a importância da discussão da reabertura da estrada ao ver o pavilhão lotado. Para ele foi possível “perceber a importância dessa estrada para Capanema e a fronteira Sudoeste e Oeste do Paraná. Tenho a convicção absoluta desse sonho, acalentado no coração de cada um de vocês aqui. E muito mais importante do que a presença dos políticos para fazer essa audiência pública, imagino a alegria dos nossos pioneiros, dos cabelos brancos que estão aqui nessa noite e tiveram a oportunidade de desbravar o sertão de Capanema e de vivenciar toda a história da Estrada do Colono”, relatou.

Traiano lembrou que, quando prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, acompanhou o fechamento da estrada. “Vi o sofrimento das pessoas. O fechamento da estrada e depois dos portos de areia que sacrificaram a economia de Capanema, dos recursos que geravam e promoviam a economia e – a população – teve que conviver com toda essa tragédia ao longo do tempo”.

O presidente destacou que agora é um momento oportuno para a reabertura da estrada, pois há um desejo explícito dos governos estadual e federal. “A Assembleia, como Poder, está assumindo essa causa. Após esses dois debates vamos marcar uma audiência com o presidente da República, o ministro do Meio Ambiente, os presidentes da Câmara e do Senado para tratar da possibilidade de aprovar os projetos que lá tramitam”, afirmou Traiano fazendo alusão aos projetos de leis do deputado federal Vermelho (PSD), na Câmara Federal (nº 984/2019); e do senador Álvaro Dias (PODE), no Senado (nº 61/2013), originalmente apresentado pelo ex-deputado Assis do Couto.

Representando o governador Carlos Massa Ratinho Júnior, o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, disse que o governo estadual está disposto a apoiar no “que for necessário” para a reabertura da estrada e questionou: “A quem interessa deixar a Estrada do Colono fechada?”.

Segundo ele, “talvez 20 anos atrás era outro debate, outra realidade do meio ambiente, do país. Mas no dia de hoje temos esse patrimônio do Sudoeste e Oeste desagregando a região com uma barreira que não tem nenhuma lógica”.

E finalizando, disse que conversou com o senador Álvaro Dias e que este propôs colocar o projeto no Senado para votação em 15 dias. “E, em nome do governador eu digo, vamos avançar. O governo está pronto para fazer o investimento que for necessário e vamos integrar o Sudoeste ao Oeste do Paraná. Não é possível que toda a região passe por essa novela. Porque todos que estão aqui, saíram de casa, para dizer que queremos a Estrada do Colono reaberta. Há vontade política e da sociedade. A hora é agora”.

O coordenador da Frente Parlamentar pela reabertura da Estrada-Parque Caminho do Colono na Alep, deputado Nelson Luersen, frisou que a reabertura da estrada vai contribuir para agilizar o deslocamento entre Capanema e Serranópolis do Iguaçu. Um trecho que hoje é de mais de 200 quilômetros poderá ser reduzido para 20. “Vamos reduzir o consumo de combustível, poluir menos o ar. A estrada vai trazer a dignidade e a auto estima para o povo da região. Tudo isso acho que é possível com esse movimento que aconteceu nesta noite aqui”.