Nardoni, Richthofen e estupradores não são afetados por decisão do STF, mas, e os que são?
Segundo matéria de Ana Carla Bermúdez do site UOL. Que apresentamos a seguir: (Pedófilos, estupradores e outros presos por crimes
Segundo matéria de Ana Carla Bermúdez do site UOL. Que apresentamos a seguir:
(Pedófilos, estupradores e outros presos por crimes emblemáticos, como Alexandre Nardoni, Suzane von Richthofen e o goleiro Bruno, não serão afetados pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu execução provisória da prisão após condenação em segunda instância. Ontem, a Corte decidiu que é preciso aguardar o trânsito em julgado do processo, quando não é mais possível recorrer, para determinar o início do cumprimento da pena.
Mas a decisão do Supremo não se aplica a quem teve a prisão preventiva decretada, como acontece com pessoas que são consideradas perigosas, que podem fugir ou tumultuar o processo, por exemplo.
Foi justamente o caso de Nardoni, Richthofen, do goleiro Bruno e do ex-deputado Eduardo Cunha, que foram presos preventivamente e, por isso, não responderam aos processos em liberdade.
João Paulo Martinelli, advogado criminalista e professor de direito penal, diz que acusados de estupro e de pedofilia, por serem considerados perigosos, normalmente têm a prisão preventiva decretada no decorrer do processo.
A prisão preventiva, ele explica, ” é aquela prisão de quem ainda não foi condenado, mas a Justiça entende que o acusado deve responder preso porque pode sumir com provas, pode fugir, pode ameaçar testemunha”.
“A decisão do STF atinge apenas quem não tem prisão preventiva decretada e iniciou o cumprimento de pena antes do trânsito em julgado”, afirma
“O STF proibiu a antecipação da pena, mas a prisão preventiva [ainda] cabe. Se o sujeito é considerado perigoso e foi condenado em segunda instância, ele continua preso”, diz.)
Porém, para aqueles que não tiveram a prisão preventiva ainda decretada e que existe a possibilidade de recurso. Este, fatalmente se beneficiará a soltura. Ou mesmo agora, só entrar e sair da delegacia com mais facilidade.
Existe também a possibilidade de revisão da 2º instância. E até isso ocorrer, se ocorrer, existe grande probabilidade de diversos criminosos se aproveitarem da decisão do STF. Tanto para fugas internacionais, quanto obstrução de justiça.
O que resta é aguardar e ver onde o “Brasil” nos leva.