ATEROSCLEROSE. QUANDO AS ARTÉRIAS ESTREITAM

O diâmetro das nossas artérias pode ficar reduzido até a obstrução, devido à inflamação favorecida por excesso de colesterol e açúcar: a aterosclerose.

O risco de ver suas artérias estreitar aumenta com a idade, a hipertensão, o tabagismo, uma dieta muito rica, a falta de exercícios, a diabetes. Ele também se encontra diretamente relacionado à presença de uma taxa elevada de colesterol ruim, aquele que se apresenta sob a forma de gorduras associadas à proteínas de baixa densidade: os LDL. Finalmente, as pessoas sofrendo com a chamada «síndrome metabólica» estão particularmente expostas a esta ameaça: além de uma circunferência abdominal muito elevada, elas sofrem muitas vezes de hipertensão, apresentam um nível muito elevado de colesterol LDL no sangue e são propensas para desenvolver diabetes. Todos estes elementos contribuem ao que é chamado aterosclerose, um processo que se estende por várias décadas, podendo instalar-se já na adolescência.
Os glóbulos brancos fazem o papel de catadores de lixo
Tudo começa por uma inflamação na camada interna das artérias. Em resposta a ataques diversos e variados, devido à presença de alguns micróbios, à falta de oxigênio e um excesso de colesterol ou de açúcares, as células que revestem a parte interna dos vasos sanguíneos solicitam o auxílio de glóbulos brancos que circulam no sangue. Por conseguinte, sua ativação desencadeia uma série de reações inflamatórias, até entupir totalmente as artérias. Ao aderir, primeiramente na parede dos vasos sanguíneos e infiltrando-se, estes glóbulos brancos chamados macrófagos, fazem o papel de catadores de lixo e limpam as artérias. Mas, se tiverem muito trabalho, eles são incapazes de encará-lo. Assistidos por outra categoria de glóbulos brancos, os linfócitos, eles começam então a secretar moléculas que mantêm a inflamação e criam lesões. Trata-se das  placas de ateroma. (BR247)