COVID-19 | Vacina de Oxford no Reino Unido é segura e induz resposta imunológica contra o vírus

Na segunda-feira (20), cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram os resultados duas primeiras fases de testes da

Na segunda-feira (20), cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram os resultados duas primeiras fases de testes da imunização da candidata à vacina contra a COVID-19 que a universidade em questão está produzindo. Segundo esses resultados, a vacina é segura e induziu resposta imune no corpo dos voluntários. Enquanto isso, a terceira fase está acontecendo em vários países, inclusive no Brasil.

As fases 1 e 2 dos testes aconteceram ao mesmo tempo no Reino Unido, com 1.077 voluntários. De acordo com os resultados dessas fases, a vacina foi capaz de induzir a resposta imune tanto por anticorpos como por células T até 56 dias depois da administração da dose. Na ocasião, pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos: 543 pessoas receberam a vacina experimental, e outras 534 receberam uma vacina de meningite.

Para chegar a essa informação, a resposta imune foi medida em laboratório. No entanto, por enquanto os especialistas ainda não têm conhecimento do quanto de resposta imune é necessária para combater a doença, e a vacinologista Sarah Gilbert, de Oxford, explicou que a eficácia da vacina ainda não foi testada em idosos.

“Não precisamos esperar por uma vacina”

Paralelo a tudo isso, também na segunda (20), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon, alertou que o mundo não precisa esperar por uma vacina para conseguir conter a pandemia. “Não precisamos esperar por uma vacina, podemos salvar vidas agora. Nenhum país conseguirá controlar sua epidemia se não souber onde está o vírus. O rastreamento de contatos é essencial para localizar e isolar casos, além de identificar e colocar em quarentena os seus contatos”, afirmou.

Na mesma coletiva, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, parabenizou os cientistas de Oxford, mas alertou que ainda há um longo caminho pela frente. “Este é um resultado positivo, mas novamente há um longo caminho a percorrer. Estes são os estudos da fase um, agora precisamos avançar para testes em larga escala no mundo real, mas é bom ver mais dados e mais produtos entrando nessa fase muito importante da descoberta de vacinas”.

Fonte: CanalTech