Inter conta com pedido de Borré para antecipar liberação do Werder Bremen; saiba bastidores

Pressão familiar e intransigência do clube alemão são elementos importantes na negociação. ge traz detalhes da viagem do Inter para contratar o atacante.

Após acertar a compra de Borré na Alemanha, os dirigentes colorados desembarcam em Porto Alegre nesta quinta-feira. A partir de agora, os esforços serão direcionados para superar a intransigência do Werder Bremen, que reitera a intenção de mantê-lo até o meio do ano. O Inter conta com o desejo do jogador como trunfo para resolver o imbróglio e conseguir a liberação até o início de fevereiro.

O Colorado adquiriu 80% dos direitos do atleta por cerca de 6 milhões de euros (R$ 32,1 milhões) e firmou contrato até o fim de 2028. A transferência do colombiano ocorrerá até 10 de julho, “após cumprimento de procedimentos prévios”. Em suma, falta o denominador comum com a última ponta: o Bremen.

O geapurou que Borré já oficializou um pedido aos alemães para ser liberado antes do fim do contrato de empréstimo, que expira em 30 de junho. O foco do colombiano é vir ao Brasil o quanto antes. A decisão de antecipar a saída foi pensada por ele e pelos envolvidos no negócio. Borré mostrou conhecimento do grupo do Inter e até do desenho tático já na primeira reunião com o clube.

A pressão familiar surge como um elemento importante. A esposa de Borré escreveu uma mensagem na rede social que dá o tom: “A brilhar onde te permitem e longe daqueles que queiram te apagar”. Desde o início das conversas, Borré comprou o projeto e já “vestiu a família” de Inter, conforme relato ao ge.

O Inter também prepara esforços. Uma compensação financeira ao Bremen é considerada. Os dirigentes alimentam a esperança de concluir o negócio até 1º de fevereiro, quando fecha a janela europeia. O time alemão tem esse período para buscar uma peça de reposição.

O empresário do atleta segue na Europa e ajudará na tentativa de liberação imediata. Aliás, Simone Rondanini e André Cury, parceiro no Brasil, foram fundamentais. Os primeiros contatos ocorreram a partir da dupla, ainda no Natal. A partir daí, se desenhou uma oferta para o Frankfurt.

Os alemães pediram alto, acima do preço final, mas sempre deixaram a porta aberta para uma negociação evoluir. O próximo passo foi a viagem do gerente de mercado Deive Bandeira, de saída do clube, e o executivo jurídico Felipe Dallegrave para a Alemanha dia 4 de janeiro.

A comitiva colorada ficou duas semanas em solo europeu para costurar o acordo negocial com o Frankfurt e com o atacante. Ocorreram inúmeras reuniões entre os emissários e Borré em Bremen, distante cerca de três horas de carro de Frankfurt. A dupla esteve no 1 a 1 entre Werder e Bochum.

Os últimos detalhes para o anúncio da contratação foram definidos entre segunda e terça-feira. Bandeira e Dallegrave lideraram as tratativas até a chegada do presidente Alessandro Barcellos, decisivo na operação, na última semana.

O Bremenexpõe publicamente o descontentamento com a situação e reforça não querer romper o vínculo do atacante. Borré é titular, e o time está apenas seis pontos à frente da zona do rebaixamento.

O Frankfurt e o estafe do colombiano conduziram as conversas com o Werder Bremen. O Inter se colocou à disposição para ser acionado. Recebeu, no entanto, “sinalizações lentas e vazias” do atual clube do atacante.

Para ter Borré à disposição ainda no primeiro semestre, o último prazo é tê-lo regularizado no BID da CBF até o dia 7 de março, quando a janela fecha no Brasil. Caso contrário, o Inter só poderá inscrevê-lo a partir de 3 de julho, na reabertura do período de inscrições.

Negócio quase melou

A negociação está sacramentada, mas estremeceu recentemente. O River Plate entrou nas tratativas por Borré em janeiro e quase melou o acerto com o Inter. Fontes confirmaram ao geque o atacante ficou “bastante balançado com a proposta do clube argentino”.

Naquele momento, a negociação com o Colorado já estava em um estágio avançado. O jogador não levou adiante o interesse do ex-time por ter dado a palavra ao Inter e por ter aprovado o projeto apresentado pelos gaúchos. Sustentou o que havia prometido aos gaúchos.

Palmeiras e Corinthians tentaram entrar na disputa com o Colorado. Borré, no entanto, já tinha pleno convencimento sobre o projeto montado pelo Inter e o time montado para 2024. Por isso não deu abertura para novos interessados.(GE).