EXEMPLO A NÃO SER SEGUIDO

Vivemos dias de turbulência no cenário nacional, desde a pandemia que nos assola até os bastidores da política, onde a

Vivemos dias de turbulência no cenário nacional, desde a pandemia que nos assola até os bastidores da política, onde a cada dia vemos surpresas desagradáveis e notícias positivas que não são distribuídas pela imprensa comprometida com a oposição ao atual governo. Até aí, nada de novo, pois sabemos que existem dois lados que atuam no cenário político, cada qual defendendo seus interesses e, com isso, a população sempre sai perdendo nas conquistas que poderia ter. Lentamente vemos alguma ação de nossos eleitos que possam traduzir benefícios para o povo. Rapidamente vemos ações de nossos eleitos que se traduzem em benefícios para eles, diretamente. Basta ver os benefícios que todos têm tanto na câmara quanto no senado. De ajuda de combustível a passagens aéreas para serem desfrutados mensalmente, todos os políticos só podem sorrir quando vão trabalhar. Trabalhar mesmo é a dúvida, mas quando vão para Brasília. Tudo isto sem falar no melhor plano de saúde do mundo, que eles tem direito com tetos inimagináveis para um simples mortal. Mas no meio de tudo isto, o que se viu ontem no  Senado, choca. Choca e nos leva a uma série de reflexões. Esta CPI foi instalada para tumultuar o cenário, achar um culpado, jogar contra ações do Governo Federal, atingir o presidente e seus ministros, enfraquecer o governo em sua imagem, abrir caminhos para a próxima eleição presidencial. E tudo isto, não se enganem: devidamente planejado e combinado com líderes da esquerda e da oposição. Alguns até apóiam já negociando cargos e benevolências no futuro. Um absurdo. O que se viu ontem no  Senado foi uma tremenda falta de compostura, um comportamento de garotos em campo de futebol, brigando e discutindo, usando palavrões e tomando atitudes de quem é o dono da bola e vai embora para o jogo acabar. Imperdoável a postura do relator, um homem que responde a tantos processos na justiça, que o beneficia pela lentidão e o libera pelos acordos feitos, fora os recursos jurídicos. Um homem que foi chamado de Vagabundo em plena sessão e que já foi, no passado, criticado em plenário pelo saudoso Pedro Simon. Aliás, os senadores antigos fazem falta, pois não só tinham mais conhecimento quanto tinham mais postura também, embora brigassem em plenário, mas educadamente. Dos tempos dos revólveres na cintura aos dias de hoje, o que mudou é que o revólver não entra mais em plenário, mas a falta de educação sim. Não podemos admitir esta CPI estar sendo usada para fins que não os de esclarecimento e encontro de soluções para a pandemia. Não se trata de ajudar, mas sim de remover escombros de um governo federal acusado de incompetente, quando os governos estaduais também tem sua grande parte de culpa, sem falar nos prefeitos que agiram de má fé e estão ficando ricos. A imprensa algumas vezes até apresenta casos de desvios, acusações de propinas, mas não dão em nada. Ninguém está preso por ser desonesto, mas sim dando entrevistas e rindo de nossa cara.  Mas depois de ontem, quando um senador suspeitíssimo levanta a possibilidade de dar ordem de prisão a um depoente, a coisa merece cuidados e olho vivo. Eles não são tudo isto que se julgam. E nós, eleitores e fiscais das ações de políticos, deveremos ficar atentos a cada dia. Não podemos conviver com cenas como estas e com parte da imprensa dando destaque para tudo isto, além da proteção que é dada a certos políticos. Se existem acordos de bastidores (e existem), que eles não atrapalhem o destino da nação, mas que entre estes acordos, algo de bom aconteça e que o povo seja o vitorioso. Mas por enquanto, o que se vê não é nada disso. Até quando? Não sabemos. Devemos orar e torcer para que a decência impere e a moralidade seja resgatada. Nosso cenário político não é lugar para gente desta laia. Embora eles existam há anos. Uma pena.